14/02/2016

Década de Segurança no Trânsito...

Boas Galera!

Vamos falar um pouco sobre a discussão gerada em torno dos novos limites de velocidades que estão em vigor em nosso país e ainda gera muita polêmica. Quando falamos em acidentes de trânsito, esquecemos de se mensurar o custo que é gerado e transferido para o setor de saúde. Os custos com vítimas de acidentes de trânsito representa quase 60% dos custos totais do setor de saúde. 

spEm uma pesquisa feita pelo IPEA com bases em dados da Polícia Rodoviária Federal (dados: Revista Desafio), chegou-se ao valor de 22 bilhões de reais anuais, cerca de 1,2% do PIB. Para esse valor o instituto considerou todos os gastos gerados pelos acidentes de trânsito, desde os danos materiais até os gastos com atendimento e prejuízos pela interrupção do trabalho. 


Vamos voltar um pouquinho no tempo para que possamos entender... Em Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 02 de março de 2010, ficou proclamado o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito". O Brasil aceitou o desafio proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir pela metade, até 2020, o número de vítimas de acidentes fatais de trânsito... 

Mortes no trnsito Brasil o 4 do mundo

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Em Abril de 2014 foi acolhido a oferta do Governo do Brasil para ser sede da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito que foi realizada em Brasília nos dias 18 e 19 de Novembro de 2015. De maneira geral, foi levantado através de relatórios que dos países mais populosos do mundo, nenhum cumpre os critérios que são sugeridos pela OMS de melhores práticas nos cinco maiores fatores de risco para acidentes: velocidade, beber ao dirigir, uso de capacete, uso de cinto de segurança e transporte de crianças. 

Ao lançar o relatório, a OMS solicitou aos governos que repensassem suas políticas de transporte público e que garantissem que ciclistas e pedestres viessem a ter segurança ao circular. Entre os dez países com maior população, aos olhos da OMS, baseados em estudos, o Brasil é o único que tem boas leis sobre quatro dos fatores, mas precisa melhorar a legislação sobre velocidade. Segundo a ONU, apenas 47 países no mundo cumprem o quesito de boas leis obrigando que o limite de velocidade seja 50 km/h e atribuem competência às autoridades locais para reduzir ainda mais esses limites. O relatório revelou ainda, que:


• 105 países têm boas leis de cinto de segurança, que se aplicam a todos os ocupantes do veículo;

• 34 países têm uma boa lei de álcool ao volante, com limites de concentração de álcool no sangue inferior ou igual a 0,05 g/dl, bem como limite inferior ou igual a 0,02 g/dl para os condutores jovens e inexperientes;

• 44 países têm leis de capacete que se aplicam a todos os motociclistas, passageiros, estradas e tipos de motores; requerem a fixação do capacete e exigem um padrão mínimo específico de equipamento;

• 53 países têm uma lei de equipamentos de retenção para crianças com base na idade, altura ou peso, e aplicam restrições de idade ou altura para crianças no banco da frente.

Mortalidade no trânsito da América Latina e Caribe
 chegou a 15,9 mortos para cada 100 mil habitantes.
 Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark
Estimasse que mais de 1.250.000 (um milhão e duzentos e cinquenta mil) pessoas morram por ano no mundo em acidentes de trânsito. Em 2013, no Brasil foram cerca de 46.000 mortes no trânsito, 23,4 mortes para cada 100 mil habitantes sem contar as pessoas que ficam com sequelas graves ou inválidas. Nós motociclistas representamos 23% desse número total no mundo. E este número infelizmente vem crescendo em alguns lugares, nas Américas, a proporção de mortes de motociclista aumentou de 15% para 20% entre 2010 e 2013. Pedestres representam 22% e ciclistas 4%. Esses números fizeram com que o nosso país ficasse no geral com notas medianas entre 6 e 8 pontos, onde o máximo seria 10 pontos.

Clique AQUI e veja o estudo completo de 2013

Clique AQUI e veja o Mata de violência no transito divulgado pela ONU


Em minha opinião, acho correto essa batalha para diminuir os números de acidentes e feridos no trânsito, principalmente um país que recentemente recebeu e irá receber uma eventos mundiais de tanto prestígio como a Copa da FIFA e as Olimpíadas. Mas essa medida resolve? De acordo com um estudo da organização WRI Brasil-EMBARQ Brasil, ao atropelar um pedestre a 60 km/h, o risco de morte é de mais de 80%; se o veículo (carro ou moto) estiver a 50 km/h, a vítima sofrerá ferimentos, mas o risco de morte é bem menor,menos que 50% dos casos.


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Luxemburgo

Sabemos que o governo tem sua culpa por não cobrar dos centros de formação de condutores uma grande ênfase em ensinar os novos condutores e prepara-los de verdade, destinar e se certificar de que as verbas para estes fins cheguem e sigam seu destino, criar programas de educação no trânsito mais eficazes ou fazer valer os poucos que temos, mas se fizermos nossa parte em alguns anos podemos mudar esta visão.


Enfim, na real e na prática mesmo, o que se vê por aqui nas capitais brasileiras que adotaram os limites de velocidades reduzidos é apenas os motoristas reclamando, cada um querendo defender sua visão, seus interesses, nas redes sociais o que mais vemos são pessoas reclamando das penalidades por infringirem os novos limites máximos estabelecidos.


Em alguns casos, pessoas defendem que por segurança o melhor é andar em velocidade elevada por conta de tantos assaltos. Aqui em Curitiba, nas últimas semanas tenho ouvido com certa frequência pessoas na região central relatando casos de roubos de veículos, uma coisa que não era tão comum assim. Mas não dá pra afirmar que é por conta das medidas, mas em São Paulo por exemplo, os motociclistas se queixam muito destes tipos de roubos. 

O problema da falta de segurança pública nas cidades contribui para os roubos, e em nosso caso (motociclistas) ao menos em São Paulo, sabemos que grande parte da oferta e procura por peças de "origem desconhecida" para reposição é por "nosso" mérito e ao longo do tempo elevou esses números. A população também tem sua culpa no cartório ao meu ver. E no geral, ainda somos muito mal educados no trânsito, e isso depende de cada um de nós fazermos a nossa parte. E voce? Qual sua opinião e seu ponto de vista sobre este assunto?



Espero ter ajudado!




Boas estradas!





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